Ser como ar, transparente, fugaz. Ninguém percebe, mas ele se faz presente, mesmo sem alarde. Pode se adaptar às mais adversas situações, formas. Se não quiser, sai silenciosamente - da mesma forma que chegou. Ser como terra, constante, prática, materialista, conservadora. Dar importância às raízes. Rodar o mundo, mas no final da jornada, voltar pro mesmo pedaço de chão. Sentir o solo e, através dele, o mundo afora: seco, molhado, quente, frio. Ser como fogo, fonte de luz e calor. Ter grande potencial ígneo e radiante. Ser capaz de descongelar icebergs e enxugar rios de lágrimas. Atrair com a sensualidade das chamas, espantar com a fúria do incêndio e proteger no conforto de uma lareira. E, por fim, ser como água, maleável, adaptável, limpa. Ser transparente, mas algumas vezes turva. Nem sempre ser consumível. Ser flexivel e volátil. Seguir a correnteza. Saber represar e desaguar, quando for pr...