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Mostrando postagens de 2011

Linha do Tempo

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A vida e suas passagens. Mais um capítulo da minha está chegando ao fim. O virar outra página, a expectativa do novo, a nostalgia do que ficou guardado no bauzinho de memórias. Foram 4 anos, não 4 semanas, ou 4 meses. A lembrança de quando entrei na faculdade ainda está bem viva em mim. Aparelho nos dentes (que estou tirando este mês), espinhas no rosto, a insegurança de quem está apenas começando... e um ideal no olhar de menina. Valeu a pena cada noite em que, após longo dia de trabalho, eu me obriguei a ir à aula, cada vez que precisei abdicar de finais de semana ou feriados para estudar, fazer trabalho, cada pequeno esforço (inclusive, financeiro) agora se materializa e me retribui. Para quem não conhece minha história, pode parecer exagero um post sobre formatura. "Ora bolas, tanta gente se forma e não faz parecer que ganhou na loteria ou entrou pro Guiness!". Mas eu conto pra vocês um pouquinho, pra que entendam melhor. Posso? :) Cresci numa família simples. Nã

Adeus, twitter!

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Um dia já tive minha foto como avatar no twitter. Um dia já twittei revoltas, alegrias e tristezas, mencionei  pessoas e já fui mencionada... Algumas vezes perdi followers e nunca conseguia advinhar quem eram ou por que deixaram de me seguir. Já li MUITA coisa inteligente (na verdade, acho que algumas pessoas estão se perdendo de tão criativas que são). Já li porcaria. E abstraí, pois internet é isso mesmo: muita informação junta, pra você decidir o que te interessa de fato. E, depois de toda essa experiência de vida cibernética, eu aprendi uma lição: o twitter, como qualquer outra ferramenta midiática, é uma faca de dois gumes. Você pode (ou não) usá-la a seu favor. Jornalisticamente, publicitariamente ou como você souber fazer. Acontece que exposição gratuita na internet pra mim é, além de desnecessário, um tiro pela culatra. Uma auto-propaganda negativa. Quem iria contratar uma pessoa que escreve errado, que demonstra instabilidade emocional ou xinga o próprio chefe (mesmo que

Talento

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Se hoje eu tenho algum jeito com palavras, saibam que um dia já tive jeito com desenhos: Acho que eu tinha uns 3 anos quando fiz esse aí. A "tia" pediu para desenharmos nosso papai em homenagem ao dia dele. Detalhe, a única lógica que consegui encontrar foi a cor. Devo ter pensado algo do tipo: "Papai é menino. Cor de menino é azul". Fica a recordação. Minha, dele e nossa. E aí, gente? Será que deveria ter seguido outra carreira? *rs

Geração.net

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Engraçado me pegar olhando o número de seguidores do meu blog (eles crescem devagar, mas com qualidade - ainda bem!), me empolgar com os novos 'followers' do twitter (esses sim, crescem vertiginosamente e isso me assusta e empolga ao mesmo tempo) e lembrar que há algum tempo eu esperava bastante pra conectar até ouvir aquele barulhinho esquisito e, quando finalmente conectava, eu corria pro mIRC.. pro ICQ. Antigamente, bem antigamente, os poetas falavam das caixas de correio vazias, que representavam solidão. Hoje ninguém mais recebe cartas (bom, é óbvio que generalizei, né? Eu recebo cartas. Muito esporadicamente e por um caso bem específico, mas recebo) e nem mesmo e-mails são a forma mais comum de comunicação atualmente.  Hoje se sente sozinho quem conecta no MSN e vê que todos estão offline. Quem  não recebe um comentário no blog há séculos. Ou ainda, quem abre o Facebook (porque até o orkut que era febre já tá ultrapassado) e não tem ninguém que te curtiu, pra adicion

A doença.

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Desde 7 de julho, dia de minha última postagem, estou com uma doença que - de tão avassaladora - me parece incurável. Sento aqui nesta mesa com os olhos voltados para o infinito, o ventilador jogando ar em meu corpo suando frio. Tento me animar, pensar em algo que me traga boas lembranças e, assim, me faça melhorar. Mas nada. Não há medicamentos para tal enfermidade. E a única cura está dentro de mim. Preciso apenas encontrá-la. Os médicos dizem que ajuda se eu compartilhar meus medos com alguém, é o que estou fazendo agora. Passei esse mais de um mês camuflando aqui neste blog  o que sentia , com posts tão vazios quanto as receitas de bolo que substituíam as matérias censuradas pela ditadura militar. Meus gritos reprimidos de verdade engatavam em minha garganta, mas não passavam dela. Minha mente, principal alvo desta doença "maledita", tentava reverter a situação. Mas quanto mais o fazia, pior era. Melhor teria sido deixar fluir, como estou fazendo agora. Procurei vários

Poesia visual

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Tchello D'Barros

Sua

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Tchello D'Barros

A Bolha

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Eu vivo, sim, na minha bolha. É nela que me fortaleço para poder - vez em quando - respirar o ar poluído lá de fora sem me sufocar. Nela consigo o silêncio que me permite escutar a mim mesma... ouvir minha respiração, sentir meus batimentos cardíacos, para então saber do que preciso naquele momento. Lá fora são muitos os ruídos que se confundem na intensa batalha entre o bem e o mal. O que é o certo e o errado? Qual caminho escolher? Em quem acreditar? Se são tantas as escolhas, tantas as visões de mim... por que não escolher o reflexo do meu espelho? Afinal, não dá para agradar a todos. Sim, eu vivo numa bolhinha vermelha. Nela encontro paz, resignação, coragem, planos de vida, pensamentos positivos, alimento para a alma. Mas não diga que eu não saio dela nunca. Afinal, ainda não faço fotossíntese. Preciso colher alguns nutrientes fora. Mas sei a dosagem certa de cada fruto, carboidrato, massa... Alguns são muito ácidos e se conviver mais de algumas horas com eles, adquiro uma gast
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Passarinho Tiê Composição: Tiê Como um brotinho de feijão foi que um dia eu nasci, Despertei cai no chão e com as flores cresci. E decidi que a vida logo me daria tudo Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro. Quando mamãe olhou pra mim, ela foi e pensou Que um nome de passarinho me encheria de amor Mas passarinho se não bate a asa logo pia Eu que tinha um nome diferente já quis ser Maria Ah, e como é bom voar!

Conexões - Do THC ao FHC

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Cognição. Ato de adquirir conhecimento, segundo o Dicionário Aurélio. Em outras palavras, aprender. De uma maneira simples e resumida, podemos dizer que cognição é a forma como percebemos, aprendemos, recordamos e pensamos sobre toda informação captada através dos cinco sentidos. Tudo que ouvimos, vemos e sentimos é registrado pelo cérebro e transformado em sinais elétricos que percorrem caminhos entre um neurônio e outro. Quanto mais os neurônios se interligam entre si, mais adquirimos capacidade de fazer novas ligações cerebrais. E quanto mais sinapses, mais inteligentes somos.  Bom, tudo isso para dizer que eu achei o máximo esse texto de Rodrigo Rezende, publicado na última edição (junho) da revista Super Interessante. O cara foi lá na Idade Média e voltou pra chegar até o documentário do FHC sobre a descriminalização da maconha. Imaginem o número de sinapses e a capacidade cognitiva dele: * CONEXÕES DO THC AO FHC THC Entre as mulheres da Idade Média, o THC (Tetrahidrocanabidi

Fim dos tempos...?

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Pra quem diz que as crianças de hoje só faltam nascer falando... Já não falta mais ... Engraçado é o comentário do pastor entrevistado "A Bíblia fala que nos últimos tempos veríamos coisas que jamais acreditaríamos". N ada contra, mas poderiam ter conversado com um especialista - um fonoaudiólogo, no mínimo - que tentasse explicar o assunto. Aí ninguém explica nada e o caso passa como um sinal do apocalipse? ¬¬ Mas comentários jornalísticos à parte, adorei a notícia. Isso é pras mamães corujas pararem de se gabar dos filhos de 4 anos que jogam no computador, dos de 3 que já sabem ler e escrever... Esse bebê aí não fica meia hora chorando, se esperneando pra conseguir o que ele quer. Ele pede. Fim dos tempos, nada! Esse bebê é muito inteligente, isso sim! Devia ser brasileiro!

Ao Sr. Escarlate

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És meu tom A cor que molha meu pincel de tinta Mas na palheta, há muitas outras possibilidades .

Parcialidade ou bom senso?

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Hoje criamos um pequeno embate em nosso querido e aconchegante ambiente de trabalho. Mas foi tão saudável e pacífico quanto o próprio. Minha colega de produção (a quem devo bastante por ser a melhor companheira de produção que já tive) e eu discutíamos sobre levar ou não levar alguém do movimento gay no programa para fomentar a questão do casamento homoafetivo, com base na votação do Supremo Tribunal Federal - manchete nacional hoje. Ela acredita que isso seria parcial de nossa parte, enquanto veículo de comunicação. O correto seria levar um não homossexual para discutir o assunto. Ok. Eu até concordo, a mídia deve ser imparcial. Mas não é. E não é somente porque não quer ser. O fato é que imparcialidade não existe. Em profissão alguma e principalmente na comunicação.  Então, se é assim... suponhamos que estivesse sendo votada alguma decisão que favorecesse a igualdade racial. Algum sistema de cotas (apesar de que esse exemplo pode ser ainda mais polêmico... tá, esquece esse exemplo

Santa Semana Santa...

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Era só uma brincadeira... "Amor, vamos viajar na semana santa?", disse com uma vontade enorme de que fosse verdade e eu pudesse realmente te ver. Ainda que por um curto espaço de tempo. Mas, incrível: virou realidade. No dia 21 de abril, às 16:30h, eu estava partindo num avião da TAM, com destino a Porto Alegre.Como foi pra gente decidir e programar tudo tão rápido, eu já nem me lembro. Agora tudo que tenho em minha memória é teu rosto, o olhar lindo que ganhei ao te avistar (de cartolinha e gravata!!!) enquanto aguardava minha mala chegar pela esteira (foram os dez minutos mais longos da minha vida), o perfume forte que senti no teu abraço (acabaste com metade do vidro, no mínimo), os dias incríveis que passei ao teu lado. Essas lembranças, sim. Permanecem vivas dentro de mim. Todo o resto, antes daquela quinta-feira e após o dia 9 de janeiro (quando foste embora), foi apagado. Mesmo os momentos maravilhosos que passamos do nosso jeitinho de estar junto não se comparam

Dona Neide e o sonho de ser jornalista

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Essa aí é Neide Batista. Ela tem 50 e alguns anos e um grande sonho: ser jornalista. A conheci há quase 4, quando entrei na Faculdade de Jornalismo. Ela gravava, há 20, livros falados para deficientes visuais no Instituto Álvares de Azevedo (mais conhecido como "escola de cegos"). Foi da minha turma durante um ano, até as coisas apertarem financeiramente e ela precisar abandonar o curso.  Dona de uma voz grave, dicção impecável e piadas um tanto ácidas, Dona Neide (como carinhosamente a apelidei) é uma figura diferente de tudo que já conheci. Sinceridade é sua marca registrada. É do tipo "ame ou odeie" e, justamente por isso, me conquistou.  Sentar num bar com Neide Batista é como abrir um livro de 500 páginas, uma biografia que qualquer terráqueo adoraria ler. A história de vida dessa mulher já começa diferente, com a mãe que quase a mata (sem querer, óbvio), as cervejas que ela tomava escondida atrás da porta quando criança, e prossegue tão absurda quanto. 

A ciência explica por que somos divas

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Para muita gente, 8 de março é apenas um dia em que mulheres recebem flores na saída de restaurantes e lojas. A data, porém, marca mais de um século de movimentos pela emancipação das mulheres. Hoje, Dia Internacional da Mulher, resolvi sair do clichê das frases feitas e me utilizar da ciência para entender por  que merecemos ser homenageadas. Revelo aqui no Escarlate algumas das características (todas seria impossível, pois passaria pelo lado sobrenatural da coisa...rs) que nos fazem não melhores, mas diferentes dos homens: verdadeiras divas, seja de salto alto num palácio ou de avental na cozinha.  Sempre houve dúvidas sobre se o cérebro feminino seria diferente do masculino. Uma das poucas informações disponíveis, até pouco tempo, era de que o cérebro do homem é, em média, maior e mais pesado que o das mulheres. Esse fato foi utilizado pelos homens durante muito tempo como argumento para afirmar que os homens seriam mais inteligentes, confirmando, assim, o mito da superioridade m

Encontros e despedidas

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Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço, venha me apertar Tô chegando Coisa que gosto é poder partir Sem ter planos Melhor ainda é poder voltar Quando quero Todos os dias é um vai-e-vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim, chegar e partir São só dois lados Da mesma viagem O trem que chega É o mesmo trem da partida A hora do encontro É também de despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida ! Encontros, despedidas, saudade. Palavras muito lidas, escutadas, clichês.  Já faz algum tempo que essa música passou a fazer todo o sentido do mundo pra mim. E hoje ela me veio mais forte, como uma punhalada no peito: uma pessoa muito querida está partindo, rumo a uma nova vida em outro estado.  Na sempre tão cruel despedida, lágrimas e aquela

O apertador de botão

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Há alguns anos, João foi contratado por uma fábrica para aparafusar caixas de madeira e despachá-las. No dia da entrevista de emprego, o dono da empresa lhe explicou sobre o serviço. Falou de todo o processo, o objetivo geral e a parte que lhe cabia. João não entendeu muito bem. Mas não importava. Bastava saber que, todos os dias, várias caixas diferentes lhe seriam entregues e ele teria que fechá-las com pregos para que viajassem com segurança. O salário não era muito bom, mas dava pra pagar as contas e sustentar a mulher e os filhos. Desde que chegava, até a hora de ir embora (exceto na hora do almoço, claro), o recém-contratado sentava numa cadeira e ficava esperando o superior lhe trazer as caixas de madeira.  Grandes, pequenas, médias. Para cada modelo, um número de pregos e uma técnica diferente. Com uma semana, aprendeu tudo o que precisava. Os anos foram passando e João continuava na mesma etapa, a última, de um processo que ele nem fazia idéia de qual era.  Um belo dia,

Natureza humana

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Ser como ar, transparente, fugaz.  Ninguém percebe, mas ele se faz presente, mesmo sem alarde.  Pode se adaptar às mais adversas situações, formas. Se não  quiser, sai silenciosamente - da mesma forma que chegou. Ser como terra, constante, prática, materialista, conservadora.  Dar importância às raízes. Rodar o mundo, mas no final da  jornada,  voltar pro mesmo pedaço de chão.  Sentir o solo e, através dele, o mundo afora: seco, molhado,  quente, frio. Ser como fogo, fonte de luz e calor. Ter grande potencial ígneo e radiante. Ser capaz de descongelar icebergs e  enxugar rios de lágrimas. Atrair com a sensualidade das chamas,  espantar com a fúria do incêndio e proteger no conforto de uma  lareira.  E, por fim, ser como água, maleável, adaptável, limpa. Ser  transparente, mas algumas vezes  turva. Nem sempre ser consumível. Ser flexivel e volátil. Seguir  a correnteza. Saber represar e desaguar, quando for preciso.  Ser um  pouco como iceberg: imponente, forte, implacável -  mas, p