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Mostrando postagens de junho, 2010

Atrasada ou tarde (ficticiamente metafórica)

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Estudava numa faculdade que mais parecia aquela música infantil: "Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada".  Não tinha muros e eu sempre alertava à coordenação: "Um dia isso aqui ainda vai ser assaltado!" Mas sempre precisa acontecer algo ruim para que a realidade seja modificada. Regra. Quis demais que as salas tivessem ar condicionado e os vidros das portas fossem fumê para não nos distrair quando, durante as aulas, alunos e professores passeavam olhando pra dentro (alguns até faziam "tchauzinho"). Mas era sempre no mês seguinte que dariam um jeito naquilo. A rádio comunitária nunca conseguiu um transmissor. O projeto de TV nunca  saiu do papel. O jornal impresso nunca publicou uma só página. E assim se passaram os quatro anos do meu curso de comunicação.  Hoje, após 4 anos de curso e mais alguns meses afastada, voltei ao local e eis meu espanto: muro alto, imponente. Nas salas, o vidro fumê. E, ao conversar com alguns professo

Coisas que você deve dizer para a sua alma gêmea

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Disse que não acreditava em almas gêmeas para ela. Mas depois de um certo tempo, começou a duvidar de suas próprias convicções. Talvez existisse isso mesmo, essa sorte de encontrar pessoas certas. Nunca confessara a ninguém, mas começou a acreditar em destino, tinha vergonha da gozação que fariam seus amigos. Mas sabia que ninguém que cruzasse seu caminho estava ali por mero acaso. Mas sim, para ensinar alguma coisa, para nos transformar, ou fazer com que ajustemos falhas, erros, ou simplesmente paremos para pensar.  Sozinho, fumando o seu cigarro, mexia com o dedo indicador o copo de vinho que sempre o acompanhava em algumas noites de solidão, quando batia aquela saudade, quase dor, a espetar-lhe o coração como se espeta um boneco de vudu. Fazia algum tempo que sua mulher o deixara. Era tão estranho a sua ausência, mas lembrar não lhe fazia tão mal. Ao contrário. Tudo havia sido tão especial desde o início que até o primeiro beijo foi inusitado. Menos de três f

Árvore Genealógica

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  Mãe, vou casar! Jura, meu filho ?! Estou tão feliz ! Quem é a moça ? Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Murilo. Você falou Murilo… Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico? Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa? Nada, não.. Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo. Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo… Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora…Ou isso. Você vai ter uma nora. Só que uma nora… Meio macho. Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea… E quando eu vou conhecer o meu. A minha… O Murilo? Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido. Tá ! Biscoito… Já gostei dele… Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui? Por quê ? Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência. Você acha que o P

The Winner takes it all

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The Winner Takes It All I don't wanna talk About the things we've gone through Though it's hurting me Now it's history I've played all my cards And that's what you've done too Nothing more to say No more ace to play The winner takes it all The loser standing small Beside the victory That's a destiny I was in your arms Thinking I belonged there I figured it made sense Building me a fence Building me a home Thinking I'd be strong there But I was a fool Playing by the rules The gods may throw a dice Their minds as cold as ice And someone way down here Loses someone dear The winner takes it all. The loser has to fall It's simple and it's plain. Why should I complain? But tell me does she kiss Like I used to kiss you? Does it feel the same When she calls your name? Somewhere deep inside You must know I miss you But what can I say Rules must be obeyed The judges will decide The likes of me abide Spectators of t

Surpresa virtual

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Recebi este e-mail no dia 1º de junho de Daniel Leite: Oi, Flávia, boa-tarde, uma amiga me falou que havias escrito algo sobre o nosso amado Girândolas no teu blog. Eu fui lá e conferi. Muito obrigado: escreveste uma ternura no coração das lutas desse teu amigo escritor. Obrigado mesmo: de coração. E olha, o teu blog é muito bacana: vermelho iluminado, sol feminino, inteligência acesa! Um imenso abraço para ti. Com ternura, Daniel Leite. Pequenas grandes me fazem ganhar o dia, simplesmente. Fiquei muito feliz. Primeiro pelas palavras tão carinhosas de alguém tão especial e segundo por saber que meu bloguinho tem alguma repercussão. Às vezes esqueço que faço parte da World Wide Web. :) Escarlate e eu estamos muito gratos e orgulhosos, Daniel. Grande abraço!

Dodói

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Sei que tenho deixado muito a desejar neste blog.  É que... por motivos ainda não identificados pelos médicos,  meu processo criativo está doente .