E se nada der certo, a gente escreve uma crônica.
Num dos nossos maravilhosos passeios, minha amiga Claudiana e eu conversávamos sobre a vida. Namoros frustrados, sentimentos, solteirice. Bate-papo gostoso, enquanto aguardávamos o começo do documentário "Música para os olhos" sobre Cartola [super recomendo!]. Até que surge uma proposta indecorosa [minha - claro! Uma sandice daquela só poderia ter partido de mim...rs]:
- Vamos para uma boate. A ideia é não sair de lá enquanto as duas não estiverem acompanhadas.
- Beleza! *Não sei se ela gostou mesmo da ideia ou preferiu topar para não contrariar a louca.
- E se nada der certo, a gente escreve uma crônica.
Bem... eis-me aqui. Precisa perguntar o resultado?
Brincadeira! É óbvio que ninguém colocou o plano em prática. Eu queria mesmo era compartilhar a conversa insana. E dizer que, nessa brincadeira de solteira feliz, já se passaram 4 meses.
Quero mesmo é escrever sobre o que tenho vivido. Toda essa experiência de soleirice tem rendido verdadeiras teses de doutorado!
O plano não foi colocado em prática, mas convite para o safari é o que não falta. E o de ontem foi para uma tal de "festa grega". Nunca compreendi tanto Renato Russo como com relação ao trecho "festa estranha com gente esquisita" de Eduardo e Mônica!
Parecia uma selva, em pleno centro da capital. E os predadores [adolescentes, em sua maioria] farejando, principalmente, beleza e sexo. Tudo isso enquanto fingiam estar mais preocupados em se divertir, dançando feito epiléticos e bebendo como se não houvesse o amanhã. Patético.
Percebi ontem que já não tenho mais idade pra isso. Talvez nunca tenha tido...
Antes não me dava conta do quão vazio o mundo está. Afinal, estava sempre acompanhada. Além do que, a vida até então tinha sido demasiadamente generosa comigo, colocando em meu caminho pessoas especiais e romances consecutivos. Tinha, portanto, uma espécie de ilusão de que era um ímã que atraía agulhas no palheiro...rs
4 meses e mais nenhuma agulha. Já crônicas...
Comentários
Balada e beber até cair já não é comigo.
Acho que a única fantasia que se realizaria seria ir mais vezes ao teatro e assistir mais filmes clássico/alternativos/de arte.
Um abraço moça e curta sua solteirice.
Vá ao teatro.
Vá ao cinema.
Vá.
Apenas isso.
Um abraço moça.
Enfim... Lembrei um pouco de "Paraísos artificiais"...
Beijos, Flavinha! ;)