Disse que não acreditava em almas gêmeas para ela. Mas depois de um certo tempo, começou a duvidar de suas próprias convicções. Talvez existisse isso mesmo, essa sorte de encontrar pessoas certas. Nunca confessara a ninguém, mas começou a acreditar em destino, tinha vergonha da gozação que fariam seus amigos. Mas sabia que ninguém que cruzasse seu caminho estava ali por mero acaso. Mas sim, para ensinar alguma coisa, para nos transformar, ou fazer com que ajustemos falhas, erros, ou simplesmente paremos para pensar. Sozinho, fumando o seu cigarro, mexia com o dedo indicador o copo de vinho que sempre o acompanhava em algumas noites de solidão, quando batia aquela saudade, quase dor, a espetar-lhe o coração como se espeta um boneco de vudu. Fazia algum tempo que sua mulher o deixara. Era tão estranho a sua ausência, mas lembrar não lhe fazia tão mal. Ao contrário. Tudo havia sido tão especial desde o início que até o primeiro beijo foi inusitado. Menos de tr...
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É sempre muito prazeiroso quando adentramos num ambiente totalmente formado com os requintes de um bom gosto apurado. Diria bem gostoso para os adeptos da beleza da arte como um todo. E aqui, há beleza singela criada pelo seu bom gosto praticamente irretocável. As letras em branco traz a paz do vermelho como cor predominante do amor, e das paixões, acrescida com o fogo da força da beleza conjunta que apraz o descanso do eu.
Fogo, água, terra, elementos básicos quando se almeja compor o que nos acresce entre encontros e desencontros, que a própria existência traz desafiando-nos a encontrar a essência que sempre buscamos à partir do momento em que nascemos. Um encontro com um ponto de equilibrio que venha a mostrar-nos a nossa beleza adiante, ou frente aos olhos do regozijo d'alma.
Parabéns Escarlate!
Lis.