ESTRATÉGIAS PUBLICITÁRIAS
Outro dia me flagrei em frente à um marreteiro da praça da república, admirando uma baby-look falsificada de uma determinada marca. O preço não me encheu os olhos tanto quanto ela: o dobro de qualquer camisa daquele estilo. Tinha uma malha vagabunda gritando "vou besbotar em no máximo três lavagens!", mas os pobres ouvidos consumistas foram adquirindo um estranho hábito de não tomar banho mais ou menos desde a rimeira revolução industrial, sabe? Aí eles às vezes não escutam bem. Por sorte, os meus haviam sido limpos um dia antes e escapei dessa por pouco. Quem já estudou as estratégias publicitárias ou mesmo parou para tentar entender o que acontece nos meios de comunicação, conhece bem todo tipo de manipulação das empresas em cima de seu alvo: nós, as marionetes!
Mas será que somos tão fáceis assim de persuadir? Adorno e Horkheimer certamente diriam que sim. Paulo Freire tentaria provar que não, contrapondo a teoria da agulha hipodérmica ("compre batom", e o consumidor levanta do sofá feito um zumbi e vai atrás do produto) à da comunicação dialógica (via de mão dupla, interatividade).
Doutrinados ou não pelos meios de comunicação de massa, é inegável que sofremos influências da propaganda. Uma logomarca chamativa, um slogan inteligente, algumas flores em cima da informação e lá vamos nós atrás do glamour que acreditamos comprar junto com a grife. E a sacada do R$0,99? Nunca tinha visto nada mais idiota e eficaz em toda minha vida! Como um centavo a menos pode nos dar a impressão de mais barato?
Por que algumas marcas de boa qualidade não conseguem barrar a concorrência das mais famosas? A diferença está inacreditavelmente no pequeno "tick" preto do seu tênis ou no puma saltando em sua camisa. É a dura realidade: você trabalha seis, oito horas por dia, espera ansiosamente pelo no final do mês quando pagará com dificuldade, mas muito prazer, - a primeira parcela daquele vestido fantástico, a mais nova tendência do ano. E se acha o máximo por aderir à massificação, entrar na "moda" e poder ser alguém melhor neste mundo de "você é o que tem".
Não é discurso de pobre. Não digo isso por não ter um gatinho sem boca na minha roupa. Nem sequer gosto dele. Mas aprecio a criatividade de algumas logomarcas, slogans. De verdade. Só não me faça concordar com toda essa exploração mercadológica! Aí já é pedir demais.
Qual a solução? Como simples mortal, que estuda, trabalha e também é por vezes levada pela maré publicitária, respondo: Se nem a guerra fria e os revolucionários socialistas não conseguiram combater o capitalismo, então nos resta apenas ter um pouco mais de consciência e seguir em frente. Ou melhor, dobre à sua direita e encontrar o revendedor mais próximo de sua cidade. Ou ligue para 3255-7000/8000/9000... quantos mil você achar que deve. A quantia fica por sua conta. Digo, na minha conta!
Mas será que somos tão fáceis assim de persuadir? Adorno e Horkheimer certamente diriam que sim. Paulo Freire tentaria provar que não, contrapondo a teoria da agulha hipodérmica ("compre batom", e o consumidor levanta do sofá feito um zumbi e vai atrás do produto) à da comunicação dialógica (via de mão dupla, interatividade).
Doutrinados ou não pelos meios de comunicação de massa, é inegável que sofremos influências da propaganda. Uma logomarca chamativa, um slogan inteligente, algumas flores em cima da informação e lá vamos nós atrás do glamour que acreditamos comprar junto com a grife. E a sacada do R$0,99? Nunca tinha visto nada mais idiota e eficaz em toda minha vida! Como um centavo a menos pode nos dar a impressão de mais barato?
Por que algumas marcas de boa qualidade não conseguem barrar a concorrência das mais famosas? A diferença está inacreditavelmente no pequeno "tick" preto do seu tênis ou no puma saltando em sua camisa. É a dura realidade: você trabalha seis, oito horas por dia, espera ansiosamente pelo no final do mês quando pagará com dificuldade, mas muito prazer, - a primeira parcela daquele vestido fantástico, a mais nova tendência do ano. E se acha o máximo por aderir à massificação, entrar na "moda" e poder ser alguém melhor neste mundo de "você é o que tem".
Não é discurso de pobre. Não digo isso por não ter um gatinho sem boca na minha roupa. Nem sequer gosto dele. Mas aprecio a criatividade de algumas logomarcas, slogans. De verdade. Só não me faça concordar com toda essa exploração mercadológica! Aí já é pedir demais.
Qual a solução? Como simples mortal, que estuda, trabalha e também é por vezes levada pela maré publicitária, respondo: Se nem a guerra fria e os revolucionários socialistas não conseguiram combater o capitalismo, então nos resta apenas ter um pouco mais de consciência e seguir em frente. Ou melhor, dobre à sua direita e encontrar o revendedor mais próximo de sua cidade. Ou ligue para 3255-7000/8000/9000... quantos mil você achar que deve. A quantia fica por sua conta. Digo, na minha conta!
Comentários
Ouvi uma vez que se não fosse o propósito mercantilista a publicidade poderia ser considerada uma nova forma de expressão artística. Para mim muitas até sã, outras seguem o teor apelativo que convence muito e principalmente muitas. Vejo pessoas que fazem de tudo para ter aquela roupa com o gatinho sem boca sim, mesmo que isso lhe custe o nome, e o pior não se completam por isso. Acabo por lembrar-me de uma frase que completa bem isso do consumismo desenfreado a qualquer custo: “Status é o enfeite usado pelos tolos e apreciado pelos ignorantes!”
bjs