Delírios científicos na academia
Sempre quis entrar pra história. Perpetuar uma grande ideia que em algum momento foi revolucionária. Ter meu nome na lista dos que contribuíram para a ciência. Ser referência em algum assunto (talvez em grande parte por ego).

Não muito empolgada, saí de casa pela manhã, para malhar e acabei encontrando uma velha amiga, com quem sempre adorei conversar. Bate-papo pra lá, bate-papo pra cá... começamos no chocolate de Gramado e passamos pra filmes, séries, até que aprofundamos em assuntos tão malucos abstratos que se alguém prestou atenção na gente, teve a certeza de que somos da Tribo de Jah bastante inteligentes.
Andreia sempre foi a melhor companhia que tive para viajar na maionese (sei que ela vai rir disso). Fomos grandes companheiras na adolescência, até que nossoscasamentos caminhos nos separaram.
Andreia sempre foi a melhor companhia que tive para viajar na maionese (sei que ela vai rir disso). Fomos grandes companheiras na adolescência, até que nossos
O fato é que fomos concatenando pensamentos sobre física quântica, sistema, imortalidade, fim do mundo, viagem no tempo, vida em outros planetas, até chegarmos a uma teoria mui maluca que me fez todo o sentido do mundo e desequilibrou o alicerce de minhas certezas: a teoria da "memória genética":

Até aí, nenhuma novidade. Mas... e se ele guardasse, além de tudo isso, uma espécie de memória compilada dos nossos antepassados? Como um arquivo zipado que só poderia ser acessado através de alguma técnica específica?
Isso explicaria muita coisa. Como o fato de nos identificarmos mais com algumas pessoas do que com outras. A internet tornou possível demonstrar que é possível se sentir próximo de quem está do outro lado do país ou do mundo e distante de quem mora na casa ao lado.
Explicaria o porquê de pessoas adivinharem quando um grande amigo está precisando de ajuda. Minha tia sentiu e viu uma luz que correu do quarto pra sala no dia (e provavelmente na hora) em que a melhor amiga dela faleceu. Todos nós somos somos provenientes de um denominador comum. Somos interligados!


A alegria do "Eureka" dura pouco. A minha durou até chegar em casa e meu marido me dizer: "Amor, isso é Memória Genética, a base da psicologia que atua com regressão!" e todos os meus sonhos científicos escoarem junto com a água do banho. Ao procurar na internet, milhares de artigos sobre o assunto que, há algumas horas, parecia tão... extraordinário... quanta pretensão, não é mesmo? Tsc, tsc, tsc.
Bom, mas teorias à parte, é bom viajar de vez em quando. E já que não tem transatlântico mesmo, me conformo com a boa e velha maionese. :)
Comentários
Um abraço e boa malhação.
Beijos, Fla!
sou tao teórica, adoro viajar na maionese rs Acho as mulheres sao assim mesmo, e no final a história acaba igual: os maridos chegando e nos acordando pra vida! rs
Adorei a tua sensibilidade no coment que fez no meu bloguito, sobre o texto da Martha Medeiros sobre casamento :)
Beijinhos