Atrasada ou tarde (ficticiamente metafórica)
Estudava numa faculdade que mais parecia aquela música infantil: "Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada". Não tinha muros e eu sempre alertava à coordenação: "Um dia isso aqui ainda vai ser assaltado!" Mas sempre precisa acontecer algo ruim para que a realidade seja modificada. Regra. Quis demais que as salas tivessem ar condicionado e os vidros das portas fossem fumê para não nos distrair quando, durante as aulas, alunos e professores passeavam olhando pra dentro (alguns até faziam "tchauzinho"). Mas era sempre no mês seguinte que dariam um jeito naquilo. A rádio comunitária nunca conseguiu um transmissor. O projeto de TV nunca saiu do papel. O jornal impresso nunca publicou uma só página. E assim se passaram os quatro anos do meu curso de comunicação. Hoje, após 4 anos de curso e mais alguns meses afastada, voltei ao local e eis meu espanto: muro alto, imponente. Nas salas, o vidro fumê. E, ao conversar com alguns professo...