Crenças
Desde cedo cremos em muitas coisas. A crença (seja ela ideológica, partidária, com ou sem sentido) é fruto da inteligência humana, que nos diferencia dos outros animais. Como já dizia Descartes: "Penso, logo existo". Tudo bem, ele exagerou no conceito de existência (ou vegetais não seriam seres vivos?), mas de fato, com toda soberba que me é devida, somos um existir especial, alimentado não apenas orgânica, mas também intelectualmente. A criança crê nos pais e cada vez mais na televisão. Em contrapartida, está deixando de acreditar em Bicho-Papão, Coelhinho da Páscoa e Papai Noel. Adultos crêem em Deus. Bom, alguns. Outros crêem em forças superiores, na natureza. Certas pessoas crêem no poder, na fama, no dinheiro e na política. Há quem acredite em tudo isso ao mesmo tempo. Homens costumam crer em time de futebol. Mulheres na cirurgia plástica, idosos na vida após a morte. Românticos, em almas gêmeas. Céticos seguem o lema de Sócrates: "Só sei que nada sei"....