Mesmo não sendo noveleira (na verdade televisão é algo profundamente entediante pra mim), a nova de Manoel Carlos, "Viver a Vida", tem me chamado atenção. A protagonista Luciana, (interpretada pela atriz Alinne Moraes) mimada e em pleno deslanchar de sua carreira de modelo, sofre um drástico acidente de carro que lhe deixa tetraplégica. A lição de esperança, força de vontade e superação é - de fato - uma boa faceta do tema central da trama. Mas, não sei... há alguma coisa de não-convincente aí. Primeiro que dentro do Projac pobre leva vida de rico. Perdoem-me os defensores do "plim-plim", mas o padrão de pobreza que eu conheço é outro. Segundo que, de alguma forma, sempre é passada essa idéia de resignação que não engulo. Os vilões quase sempre são ricos e os mocinhos pobres e felizes que fazem festa o tempo todo, vivem rindo, se divertindo. "Pobre é que é feliz". Será que é mesmo assim ou... é o que o sistema acha conveniente que pensemos? Deve ser po...