Novas pegadas
E foi naquele início de tarde, de uma segunda-feira com cara de domingo, que ela sentou na frente do computador com um intuito: fazer uma triagem nas redes sociais, enviar um e-mail a uma velha amiga que mora em Portugal e escrever um post como há muito não conseguia. Naquele dia vazio, com a mente cheia de ideias, ela decidiu buscar a si. Porque ninguém mais, por mais velho e experiente, e por melhor que fosse o conselho, poderia fazê-lo. Chega um momento d a vida em que buscar a mudança deixa de ser prom essa de ano n o v o e se tor na condição para ser feli z . E por mais que lhe dissessem que pessoas não mudam, era aquela a única certeza que ela precisava ter para d eixar no solo as próximas pegadas. Não, não era drama. Nem autopiedade. Ela detestava ambos. Tampouco demagogia. Era genuína vontade de se fazer feliz, pelo qu e se é, não pelo qu ê ou por quem se tem. Saber se viver, se respeitar, se amar. E alimentar comportamentos autodestrutivos, ...